Em 1997, membros do culto “Porta do Céu”, prepararam-se para a vinda de uma nave espacial vinda na cauda do cometa Halley. Porém, esta nave nunca veio. Muitos deles envolveram-se num suicídio coletivo, outros desistiram alguns dias antes. E estes que não se mataram retornaram à loja onde haviam comprado um telescópio caríssimo que lhes ajudaria a detectar a chegada da tal nave, com a desculpa de que o telescópio apresentou problemas, pois conseguiram ver somente o cometa e a nave não. Exigiram reembolso do dinheiro empregado no investimento.
Muitos de nós temos dificuldade em admitir quando estamos errados, principalmente não gostamos de perceber que nossa lógica (sistema de crenças) é falha. Por isso que precisamos justificar, racionalizar e criar histórias para minimizar nossos erros e escolhas.
A racionalização é que nos ajuda a dormir melhor à noite. Talvez muitos pensem que não seriam capazes de cair em falsas crenças, mas em algum momento percebemo-nos dentro desse contexto. Ninguém está imune a autojustificação e nosso cérebro funciona com mecanismos de preservar nossa autoimagem e apoiar nossas atitudes, mesmo quando as evidências indicam o contrário. Além de tentar fazer sentido para nossos erros e más decisões, a autojustificação permite desfocar a discrepância entre as nossas ações e as nossas convicções morais.
Leon Festinger, psicólogo social, cunhou o termo chamado “dissonância cognitiva”, que é quando uma pessoa possui duas ideias conflitantes, crenças ou opiniões e tenta encontrar uma maneira de tranquilizar nossa mente. Por exemplo: mesmo sabendo que o cigarro faz mal para sua saúde, a pessoa que fuma utiliza-se de justificativas para o seu ato: “fumar me ajuda a relaxar e evitar o estresse”.
Outro exemplo: a pessoa pode estar sedentária, necessitando fazer atividade física, mas sempre arrumando uma desculpa para a não realização desta prática, como por exemplo: não faço atividade física, mas estou bem...
Segundo Festinger, a dissonância cognitiva sempre envolve um processo de “redução”, que consistem em diminuir a importância dos fatos que contradizem a expectativa em relação a realidade e acrescentar algum elemento de consonância (por exemplo: a expectativa seria a prática de uma atividade para melhorar a saúde, mas quando a pessoa diz “mas estou bem” ela acrescenta um elemento pra não deixar dúvidas a ela mesma que o que ela está fazendo está correto).
Mauro Pennafort, utiliza-se da terminologia “Confabulação mental”, que é a criação de uma história pra justificar as atitudes e comportamentos, por mais ilógicos que possam ser. Inclusive em muitos de seus cursos de Gestão Emocional costuma perguntar: - Que histórias você conta para si mesmo?
Segundo ele: “Nós tomamos uma decisão INCONSCIENTEMENTE, baseada em nossos programas automáticos e hábitos, e depois a mente consciente percebe isso e confabula, inventando uma justificativa. Isso faz com que você coma o que faz mal, mesmo sabendo disso! Leva você a não fazer o que sabe que precisa fazer e a deixar pra depois tantas coisas.”
Enfim, estamos sempre tentado justificar nossos atos, deixando de enxergar aquilo que nos desagrada ou que nos faça refletir sobre nossos comportamentos e convicções. Sempre nos dizem que temos que aprender a partir de nossos erros, mas como podemos aprender se nos recusamos a admiti-los?
Muitos de nós temos dificuldade em admitir quando estamos errados, principalmente não gostamos de perceber que nossa lógica (sistema de crenças) é falha. Por isso que precisamos justificar, racionalizar e criar histórias para minimizar nossos erros e escolhas.
A racionalização é que nos ajuda a dormir melhor à noite. Talvez muitos pensem que não seriam capazes de cair em falsas crenças, mas em algum momento percebemo-nos dentro desse contexto. Ninguém está imune a autojustificação e nosso cérebro funciona com mecanismos de preservar nossa autoimagem e apoiar nossas atitudes, mesmo quando as evidências indicam o contrário. Além de tentar fazer sentido para nossos erros e más decisões, a autojustificação permite desfocar a discrepância entre as nossas ações e as nossas convicções morais.
Leon Festinger, psicólogo social, cunhou o termo chamado “dissonância cognitiva”, que é quando uma pessoa possui duas ideias conflitantes, crenças ou opiniões e tenta encontrar uma maneira de tranquilizar nossa mente. Por exemplo: mesmo sabendo que o cigarro faz mal para sua saúde, a pessoa que fuma utiliza-se de justificativas para o seu ato: “fumar me ajuda a relaxar e evitar o estresse”.
Outro exemplo: a pessoa pode estar sedentária, necessitando fazer atividade física, mas sempre arrumando uma desculpa para a não realização desta prática, como por exemplo: não faço atividade física, mas estou bem...
Segundo Festinger, a dissonância cognitiva sempre envolve um processo de “redução”, que consistem em diminuir a importância dos fatos que contradizem a expectativa em relação a realidade e acrescentar algum elemento de consonância (por exemplo: a expectativa seria a prática de uma atividade para melhorar a saúde, mas quando a pessoa diz “mas estou bem” ela acrescenta um elemento pra não deixar dúvidas a ela mesma que o que ela está fazendo está correto).
Mauro Pennafort, utiliza-se da terminologia “Confabulação mental”, que é a criação de uma história pra justificar as atitudes e comportamentos, por mais ilógicos que possam ser. Inclusive em muitos de seus cursos de Gestão Emocional costuma perguntar: - Que histórias você conta para si mesmo?
Segundo ele: “Nós tomamos uma decisão INCONSCIENTEMENTE, baseada em nossos programas automáticos e hábitos, e depois a mente consciente percebe isso e confabula, inventando uma justificativa. Isso faz com que você coma o que faz mal, mesmo sabendo disso! Leva você a não fazer o que sabe que precisa fazer e a deixar pra depois tantas coisas.”
Enfim, estamos sempre tentado justificar nossos atos, deixando de enxergar aquilo que nos desagrada ou que nos faça refletir sobre nossos comportamentos e convicções. Sempre nos dizem que temos que aprender a partir de nossos erros, mas como podemos aprender se nos recusamos a admiti-los?