Sabe aqueles jogos que dá pra utilizar o ano inteiro e com muitas variações, pois, o Jogo Salta Buracos é deste tipo, que trabalha a metacognição, ou seja, ele privilegia aos alunos a reflexão sobre os processos de seus pensamentos, favorecendo a objetivação de suas estratégias.
O “tabuleiro”, feito em TNT ( pois é um material acessível, dura mais tempo e fácil de guardar) consta de uma sequências de casas e entre as mesmas, existem algumas “casas buracos”. Estas, têm algumas pedras coladas ao seu redor. Então, na medida em que os jogadores caem nestes locais, eles devem contar quantas pedras há ali e voltar a mesma quantidade de casas.
Os jogadores podem ser confeccionados de acordo com o projeto que está sendo trabalhado, por exemplo, como estamos em época de Páscoa, todos os alunos criaram coelhos, mas logo irá chegar o dia das mães...rsrsrs...cada um terá que criar um jogador que representará a sua mãe...
Outra dica é: dividir os alunos em grupos ou equipes, pois não há como esperar cada aluno jogar, quando um aluno do grupo joga, todos os demais posicionam os jogadores no mesmo local.
As crianças adoram o jogo, justamente, por causa da possibilidade de cair nos buracos, sendo que muitas vezes estavam na etapa final e tinham que voltar várias casas, criando assim expectativas de que talvez o próximo grupo também tivesse que voltar.
Geralmente utilizamos 2 dados, os alunos fazem a soma e avançam a quantidade de casas, mas como é bom aumentar a dificuldade, dá para inserir mais um dado, aí eles precisam ter maior atenção na hora de calcular e avançar as casas.
Também, no início é normal, as crianças contarem de casa em casa para verificar em qual local irão ficar, mas com o tempo, se faz necessário começar a dificultar e solicitar para que eles contem mentalmente, ou se não conseguirem, utilizem outro material de contagem alternativo (exemplo: base 10, palitos, tampinhas).
E porque deste jogo ser “neuropsicopedagógico”. Simples, a neuropsicopedagogia é justamente a junção da neurociência, com a psicologia e a pedagogia, cujo foco principal é a aprendizagem, o desenvolvimento metacognitivo. Não basta somente o aluno desenvolver a atividade ele precisa entender, analisar, refletir sobre o que está fazendo e como poderia ter feito melhor.
Também, frente à neurociência, veja só quantas áreas cerebrais estão sendo ativadas neste simples jogo (lógico que foi bem sutilmente colocado, pois na verdade há muito mais funções envolvidas durante esta atividade):
- Lobo temporal– memória
- Lobo Frontal– pensamento abstrato, tomada de decisões, regular minha conduta frente às jogadas, feitas pelo prórpio aluno ou por alguém do seu grupo
- Lobo parietal - habilidades de matemática
- Lobo occipital - Visão